domingo, 10 de fevereiro de 2008

Afeganistão: Comandos iniciam missão operacional portuguesa





Afeganistão: Comandos iniciam missão operacional portuguesa
O primeiro grupo de militares da 1ª Companhia de Comandos parte segunda-feira para Cabul, Afeganistão, onde vai render a companhia de pára-quedistas que completou uma missão de seis meses no país.
Trata-se da última missão desta força de reacção rápida, já que cumpridos os seis meses a presença portuguesa na Força Internacional de Assistência e Segurança (ISAF) vai ficar reduzida a uma equipa de 15 instrutores que vai participar na formação de militares afegãos e ficar ao serviço de um C-130 da Força Aérea Portuguesa.
Caberá a este grupo avançado de 39 homens preparar a missão da «task force» (força operacional) que vai integrar, além da 1ª Companhia de Comandos, um destacamento de apoio de serviços e um destacamento de apoio aéreo táctico, num total de 157 homens.
Os restantes elementos da força vão juntar-se depois a este grupo avançado até ao final de Fevereiro.
A «task force» destacada para o Afeganistão vai render a 22ª Companhia Infantaria Pára-quedista nas funções de «Quick Reaction Force» (Força de Reacção Imediata), espécie de «reserva táctica» às ordens do comandante da ISAF, preparada para intervir em qualquer ponto crítico do território afegão.
Para trás ficam meses de preparação intensa, de acordo com a missão que espera a 1ª Companhia de Comandos no Afeganistão.
O aprontamento da força iniciou-se em Setembro último, envolvendo acções de patrulhamento, de escolta, treino de condutores, resposta a situações de contingência e situações de combate directo, e culminou com o exercício Cabul/81, realizado na primeira semana de Janeiro em Beja.
«Tentámos inovar e realizámos exercícios específicos para o cenário afegão», explica à Agência Lusa o tenente-coronel Bartolomeu, comandante da «task force».
A Serra da Estrela foi o cenário escolhido no início de Dezembro para um treino específico em cenário de altitude e de temperaturas rigorosas, a pensar no teatro montanhoso do Afeganistão.
A preparação para o combate em zonas urbanas foi igualmente alvo de uma atenção particular.
Para muitos dos homens da 1ª Companhia de Comandos trata-se de um regresso a um teatro já conhecido.
Os Comandos (1ª e 2ª Companhias) cumpriram já missões no Afeganistão nos primeiros semestres de 2006 e 2007.
«Cerca de cinquenta por cento dos homens vão já cumprir a sua segunda missão, e alguns a terceira», afirmou o tenente-coronel Bartolomeu.
Uma equipa de reconhecimento constituída por três elementos da Companhia deslocou-se no início de Janeiro a Cabul para se juntar aos pára-quedistas num primeiro contacto directo com o teatro afegão.
Completado o dispositivo da força, o contingente português inicia de imediato um estágio operacional, um período de duas semanas de adaptação ao terreno em que vão actuar nos próximos seis meses.
Uma autêntica «prova de fogo» já que a adaptação será cumprida já em missões reais.
Diário Digital / Lusa

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